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Zika reduz em 40% desenvolvimento cerebral, segundo estudo brasileiro

Cientistas infectaram minicérebros e neuroesferas com vírus da zika. Já o vírus da dengue não teve esse mesmo impacto, segundo experimento.


Imagem de microscopia eletrônica mostra vírus da zika (em laranja) ligado à membrana celular (marrom) em neuroesfera (Foto: Rodrigo Madeiro/IDOR)

O vírus da zika é capaz de atacar células cerebrais humanas e reduzir em 40% o desenvolvimento cerebral, segundo um estudo brasileiro publicado na edição desta semana da revista "Science".

A pesquisa, desenvolvida por cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), aumenta o conjunto de evidências de que o vírus está relacionado ao aumento de casos de microcefalia documentado no Brasil nos últimos meses. O grupo já tinha publicado, no início de março, resultados preliminares dos experimentos.

Minicérebros e neuroesferas
Para avaliar os possíveis efeitos do vírus da zika no cérebro humano, os pesquisadores usaram dois modelos diferentes: os chamados "minicérebros" - estruturas de neurônios que imitam o funcionamento de um cérebro humano, também chamados de organoides cerebrais - e as chamadas "neurosferas" - agrupamento de células-tronco neurais.

Segundo os cientistas, tratam-se de modelos complementares para estudar, no laboratório, o desenvolvimento do cérebro humano em fase embrionária. Enquanto as neuroesferas simulam características bem iniciais da neurogênese (processo de formação de neurônios), os minicérebros simulam os processos celulares e moleculares que ocorrem no cérebro durante o primeiro trimestre do feto.

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